quarta-feira, outubro 31, 2007

Love Story


Faz hoje 7 anos que te conheci.

Lembro-me perfeitamente do teu sorriso, tão generalista quanto podia ser perante 20 novos alunos, fresquinhos em Medicina, e simultaneamente tão familiar que podia jurar naquele momento que te conhecia desde sempre, desde há séculos, desde há milénios.

Com aquele sorriso senti-me em casa, tão à-vontade contigo, que eras um completo estranho, como nunca me tinha sentido com ninguém. Como poderia eu adivinhar que o meu futuro serias tu, essa pessoa simpática e afável que naquele momento me olhava?

A vida é estranha.

Se nunca tivesse passado pelos meus contratempos na vida, não te teria conhecido, teria perdido a oportunidade de conhecer o homem que se veio a revelar a minha alma-gémea, na verdadeira acepção da expressão, não teria vivido tudo o que de mágico e maravilhoso vivi contigo.

E tudo começou com aquele sorriso quando me virei para trás e tu me olhaste da forma que te é tão característica. Curioso, no entanto, que tenha sido precisamente no Dia das Bruxas :o) Quer-me parecer que elas conspiraram com Deus para criar uma bela história de amor...

E que aventura tem sido, não tem, amor? E pensar que o melhor ainda está para vir :o) ...

domingo, outubro 21, 2007

Be Yourself


"Modesty, propriety can lead to notoriety
You could end up as the only one
Gentleness, sobriety are rare in this society
At night a candle's brighter than the sun

Takes more than combat gear to make a man
Takes more than a license for a gun
Confront your enemies, avoid them when you can
A gentleman will walk but never run


If, 'manners maketh man' as someone said
Then hes the hero of the day
It takes a man to suffer ignorance with a smile
Be yourself no matter what they say"


Englishman in New York
Sting

domingo, outubro 14, 2007

A moda da memória



Hoje, estava eu a seleccionar roupa para dar, aquela roupa que tem anos, tem aspecto e injustamente não é muito vestida, quando me apercebo que estava a levar eternidades a fazer uma selecção que deveria ser simples...

E percebi porquê. Cada peça que agarrava era uma viagem no tempo. Cada blusa, ou t-shirt me transportava para um rol de recordações, tempos, lugares, sentimentos...

E sorri. Sorri...
...ante o pullower roxo que usava quando me pediste em namoro
...ante a camisa amarela que usei para ir ao cabeleireiro no dia do meu casamento
...ante o top cor-de-rosa fresquinho que usei na noite do Céu&Inferno nas Olimpíadas contigo
...ante a saia que usei quando fui madrinha do Tiago
...ante o conjunto de linho que usei na viagem à China
...ante o top verde que estava a usar quando recebi aquele sms teu em Tenerife.

E tantas outras situações... :o) Porque será que, apesar de a roupa ter sido usada em dezenas de outras situações, é para estas que a nossa mente viaja? Tornando, ainda por cima, a tarefa de nos desfazermos delas muito mais difícil...

sexta-feira, outubro 12, 2007

Parabéns a ti!


Parabéns ao meu amor, que hoje completa 28 aninhos!

Aguardo ansiosamente por todas as outras dezenas que partilharei contigo!

quarta-feira, outubro 10, 2007

Silêncios

Há bons e maus silêncios.
Silêncios estudados e silêncios comprometedores.
Silêncios de ouro e silêncios de chumbo.
Silêncios silenciosos e silêncios ensurdecedores.
Silêncios que tornam um momento inolvidável e silêncios que só queremos esquecer.
Silêncios em que estamos unos com o Mundo e silêncios em que estamos completamente sós.
Silêncios que dispensam palavras e silêncios abissais.

"O silêncio que precede as emboscadas; o silêncio no instante do penalti; o silêncio de uma marcha fúnebre; o silêncio dos girassóis; o silêncio de Deus depois dos massacres; o silêncio de uma baleia agonizando na praia; o silêncio das manhãs de domingo numa pequena aldeia do interior do Alentejo; o silêncio da picareta que matou Trotski; o silêncio da noiva antes do sim."
"As mulheres do meu pai" José Eduardo Agualusa

São, no entanto, sempre formas de nos conhecermos melhor uns aos outros e a nós próprios.
Eu aprecio muito o silêncio, clarifica a mente sem o ruído da vida à nossa volta. Ainda que eu seja uma pessoa agitada, há silêncios que aprecio quase como se fossem uma sinfonia.

O ruído é sobre-estimado :o)

quarta-feira, outubro 03, 2007

Retrato a Sépia


"A memória é ficção.

Seleccionamos o mais brilhante e o mais escuro, ignorando o que nos envergonha, e assim bordamos a larga tapeçaria da nossa vida.

Através da fotografia e da palavra escrita tento desesperadamente vencer a condição fugaz da minha existência, agarrar os momentos antes que se desvaneçam, iluminar a confusão do meu passado. Cada instante desparece num sopro e imediatamente se converte em passado, a realidade é efémera e migratória, pura saudade.

Com estas fotografias e estas páginas mantenho vivas as lembranças; elas são o meu apoio a uma verdade fugidia, mas verdadeira de qualquer forma, elas provam que estes factos aconteceram e estas personagens passaram pelo meu destino. (...)

Escrevo para clarificar os segredos antigos da minha infância, definir a minha identidade, criar a minha própria lenda. No fim de contas, a única coisa que temos na totalidade é a memória que fomos tecendo. Cada qual escolhe o tom para contar a sua própria história."

Isabel Allende

A minha história é tecida em tons garridos, agitados, vivos. E a vossa?