sábado, dezembro 31, 2005

Feliz Ano Novo!


Estou a escrever este post ao som de 'Hallelujah' de Rufus Wainwright, que, segundo o meu amor, é uma música nostálgica. E é-o, na verdade. E é assim que me sinto neste momento.

Nunca pensei que 2005 me fosse deixar assim...Foi um ano que, inusitadamente, se transformou numa montanha-russa de sentimentos. Desde o stress do exame do meu amor (brilhantemente superado, diga-se), à entrada na especialidade, ao meu início de estágio (a última etapa de um longo e duro percurso), ao nosso noivado, à escritura da nossa casinha, ao nosso primeiro compromisso enquanto casal, até (e aqui posso apenas falar por mim) à nostalgia de 'lágrima ao canto do olho' de cada situação ou celebração familiar ter a carga de ser a última com os contornos que tinha até hoje...

Deixo aqui os meus votos sinceros a todos de que 2006 se revele sinceramente luminoso, sorridente a cada dia que passa, verdadeiramente feliz, como desejo para nós, vossos dedicados bloguistas, neste ano tão importante das nossas vidas!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Barreiras


"If there is something you know you can do, but your mind keeps building barriers towards doing it, don't think about them and act, don't react" em Scrubs

É extraordinário como a nossa mente nos pode atraiçoar. Como algo que pode ser tão simples e mecânico de repente se pode tornar tão limitante. É como descer escadas: é automático, nem pensamos nos nossos movimentos; mas se começarmos a pensar neles, e no perigo que pode ser medir mal a altura ou colocar mal o pé ou ir demasiado depressa, baralhamo-nos e sentimos tonturas e temos a nítida sensação de que temos que ir mais devagar porque senão vamos cair, tornando-nos incapazes de realizar uma tarefa mecanizada tão simples.

Por isso, muitas vezes a solução é fechar os olhos e dar um passo confiante em frente, sem pensar no que pode correr mal, sem pensar que se calhar não vamos ser bem sucedidos. Fazemos e pronto. Depois de feito, temos muito tempo para pensar que ainda bem que arriscámos apesar de tanta coisa poder correr mal...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Entrega


"Toda a gente quer encontrar o amor, em todas as suas formas; no entanto, todos pomos condicionantes em relação à forma como queremos que ele se nos apresente" Ally McBeal

Há coisas na nossa vida que tomamos por garantidas e a forma como as outras pessoas se nos apresentam é uma delas. Achamos que sabemos sempre com o que contar por parte dessa pessoa, que ela é exactamente como a vemos, sem mistérios profundos, sem nada que nos possa apanhar 'off guard'.

Mas as pessoas não são lineares. Nem nós nem os outros. E toda a gente muda. Evolui com as experiências por que passa. O que não invalida que essas mudanças sejam quase imperceptíveis e um dia sejamos surpreendidos por uma reacção que não esperávamos. Pode ser uma coisa positiva ou negativa. A mim já me aconteceram as 2 coisas: as positivas são muito boas, e as negativas são muito decepcionantes, ou preocupantes, ou confusas, dependendo da pessoa que temos pela frente e da relação que temos com ela.

Do que é que temos medo? De nos entregarmos por inteiro aos outros? De que nos magoem? De que nos decepcionem? Por força de tanto desconfiarmos e termos receios acabamos por ter razão, porque as outras pessoas se ressentem e reagem às nossas atitudes, e o que poderia ser tão lindo como as relações humanas, acaba por ser algo bonito, sim, mas com 1 fundo algo cinzento.

Eu? Eu continuo a preferir ter fé na boa-vontade humana, continuo a preferir entregar-me de alma e coração a tudo em que me envolvo, continuo a preferir magoar-me que magoar, porque sei que saio mais a ganhar do que a perder...

terça-feira, dezembro 13, 2005

Could I have this dance?


I'll always remember the song they were playing,
The first time we danced and I knew.
As we swayed to the music and held to each other,
I fell in love with you.
Could I have this dance for the rest of my life?
Would you be my partner, then every night?
When we're together it feels so right,
Could I have this dance for the rest of my life?
I'll always remember that magic moment,
When I held you close to me.
As we moved together, I knew, forever,
You're all I'll ever need.
Could I have this dance for the rest of my life?
Would you be my partner every night?
When we're together it feels so right,
Could I have this dance for the rest of my life?
Anne Murray

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Help!


Hoje tinha em mente um post muito diferente do que vou escrever. Mas algo mexeu comigo...e está a dar comigo em doida há muito tempo...

Não vos enlouquece ter alguém na vossa vida, próximo ou não, que, sistematicamente pela sua infantilidade ou incapacidade de ver para além do seu próprio umbigo ou das suas próprias necessidades, reduz os vossos esforços, as vossas intenções, os vossos sonhos, os vossos actos, as vossas prioridades, a coisas pequenas ou mesquinhas apenas porque não estamos a dar prioridade ao que essa pessoa considera importante? Ou seja, apesar das nossas motivações serem propulsionadas por intentos superiores, são reduzidas a nada porque essa pessoa 'self-absorbed' não consegue ver a 'big-picture' mas só o imediato de si própria?

Eu sei o que deveria fazer. Ignorar, certo? E era isso que eu fazia inicialmente, mas isto tomou proporções tais que neste momento reina o desrespeito e o paternalismo. E eu estou a desesperar...Help?