terça-feira, julho 26, 2005

Rain Dance


«“Who is Rain?” asked the little girl in the lantern light.
“Rain is a dancer,” I replied.
“A dancer?” she said, prompting for more.
“Yes, a dancer,” I repeated, pausing for a moment to glance at our slumbering fields and up to the empty sky. The night was full and people were starting to arrive.
I raised my hand and gestured toward the stars, “Rain dances on the veil above, his feet tapping and bouncing on the cushion of the sky. Sometimes his feet will sink into the pillow of a cloud and water shakes loose and falls below to wash the earth and feed our crops. Some days he dances lightly, others with tumbles and leaps, the sound of his landing shaking the earth as his smile flashes and lights up the world.”»

Patrick Donohue


Hoje choveu...A Terra clamava por esses pingos abençoados, a Natureza sorriu ao recebê-los...
Eu também sorri. Adoro chuva e tudo o que ela representa. Abençoa, renova, lava a alma, antecipa o sol nas nossas vidas, promete dias mais risonhos e felizes. Transmite tranquilidade, harmonia, plenitude, pura felicidade. É a forma de Deus nos dizer "Renasce!". É Vida que desabrocha, almas que se elevam, espíritos que se regeneram.
Sou feliz, tenho tudo o que pode fazer um ser humano feliz: alguém especial, família, amigos; por isso, hoje abri os braços, olhei para o céu e sorri enquanto essas gotas milagrosas me escorriam pelo rosto...E a minha alma dançou...

terça-feira, julho 19, 2005

Trepar paredes

Hoje decidi tentar algo que não rime :). Decidi filosofar um bocadinho (não muito porque o tempo escasseia) sobre uma expressão que uso muito e que está a ter o seu expoente máximo por estes dias.
É Verão, e depois de um ano inteiro a trabalhar como se não houvesse amanhã, bem apetece sair um pouco, descansar, não fazer rigorosamente nada. Porque quer o corpo quer a mente estão a precisar de folga. Já nada parece render. E quanto mais se tem para fazer menos apetece fazer.
O problema surge quando temos mesmo que fazer algo. É que ouvi dizer que não dá para acabar cursos sem se fazer exames...Se pensar bem sobre o assunto, é óbvio que eles têm que existir, ninguém confiaria em alguém que não está devidamente credibilizado...Mas quando nos toca a nós é de fugir! E, lá está, TREPAR PAREDES! Porque há prazos, há coisas que têm que ser sabidas e não há vontade nenhuma...
Hei-de ter esta teoria non-sense até morrer: acho que, chegada a altura do exame, os professores nos deviam dizer algo como "Sabemos que todos vocês estudaram, que todos sabem muito disto, portanto, um exame é completamente excusado, não concordam? Bom Verão para todos!". Mas não, em vez disto dizem "Parece-vos impossível saber de-cor-e-salteado as 500 páginas que vêm para o exame? Pois, estamos solidários mas temos toda a confiança em como vocês conseguem!".
Por isso, aqui estou, tendo por única companhia o meu miau (que tem estudado tão afincadamente quanto eu lol, e tem sido uma companhia inestimável) e uma ventoínha que ainda me vai mantendo a sanidade perante o calor que só pede praia. E, no meio disto tudo, fica aquela sensação estranha de que provavelmente só a mim é que este desespero assola, estando todos, neste momento, a render muito mais que eu...Ou não...

sábado, julho 16, 2005

Para ti, Amor


"Like the sound of silence calling,
I hear your voice and suddenly
I'm falling, lost in a dream.
Like the echoes of our souls are meeting,
You say those words and my heart stops beating.
I wonder what it means.
What could it be that comes over me?
At times I can't move.
At times I can hardly breath.

When you say you love me
The world goes still, so still inside and
When you say you love me
For a moment, there's no one else alive

You're the one I've always thought of.
I don't know how, but I feel sheltered in your love.
You're where I belong.
And when you're with me if I close my eyes,
There are times I swear I feel like I can fly
For a moment in time.
Somewhere between the Heavens and Earth,
And frozen in time, Oh when you say those words.

When you say you love me
The world goes still, so still inside and
When you say you love me
For a moment, there's no one else alive

And this journey that we're on.
How far we've come and I celebrate every moment.
And when you say you love me,
That's all you have to say.
I'll always feel this way.

When you say you love me
The world goes still, so still inside and
When you say you love me
In that moment,I know why I'm alive

When you say you love me.
Do you know how I love you?"

Josh Groban


Ouvi esta música hoje e não resisti a publicá-la. É, para mim, das mais belas músicas criadas. Traduz de forma quase plena o que sinto quando me dizes que me amas.
Quase. Pois entre nós fica tanto por dizer, por falta de palavras que exprimam os sentimentos que os nossos olhos, corações, almas, gritam.
Esta música é apenas uma forma de te expressar o que é verbalizável.
De te dizer que a tua alma completa a minha.
De te dizer que me sinto pequenina e subjugada pela grandeza do que nos une.
De te dizer que te amo.

Dois Olhares



Livro do meu amor, do teu amor
Livro do nosso amor, do nosso peito...
Abre-lhe as folhas devagar, com jeito,
Como se fossem pétalas de flor

Olha que eu outro já não sei compor
Mais santamente triste, mais perfeito...
Não esfolhes os lírios com que é feito
Que outros não tenho em meu jardim!

Livro de mais ninguém! Só meu! Só teu!
Num sorriso tu dizes e digo eu:
Versos só nossos mas que lindos sois!

Ah, meu Amor! Mas quanta, quanta gente
Dirá, fechando o livro docemente:
«Versos só nossos, só de nós os dois!»

Florbela Espanca

Aqui começa o nosso blog, a nossa escrita, a nossa partilha, o nosso olhar sobre tudo o que nos for na alma e não só. Boa leitura!