Há vidas que davam um filme.
Há outras vidas que, sem darem um filme, têm banda sonora, como se determinados momento só fizessem sentido quando partilham espaço com uma melodia nos baús da memória.
A minha definitivamente é uma delas.
Preciso de ouvir música, dançar, cantar, rir ou chorar com música. A música é, sem dúvida, a minha forma de expressão, o laço com que embrulho certas memórias, o meu caminho de volta a mim mesma.
Para cada grande momento na minha vida tenho uma música associada que, quando ouço, rapidamente me transporta para os sentimentos vividos numa situação determinante, inolvidável!
A confiança e concentração de "We're gonna win",
a placidez de fim-de-semana de "I have a dream",
a esperança inabalável ao som de "Here I am",
a incredulidade e plena felicidade ao som de "Iris",
a partida para o desconhecido extraordinário que foi a viagem da minha vida ao som de "Somewhere only we know",
dançando à beira do rio com a voz do Barry White
ou num quarto com a voz de Freddy Mercury em "Love of my life"
ou num salão cheio de gente ao som de "Wonderful World" e "Flying without wings",
a alegria contagiante entre amigos ao som de "Love Generation"
pequenos momentos mágicos ao som de "Dancing Queen", "Viva la vida" ou "Lovers in Japan"
...e tantas, tantas, tantas outras, inumeráveis, incontáveis, inolvidáveis!
"A música é a linguagem dos espíritos" Khalil Gibran
"Eu só poderia acreditar num Deus que soubesse dançar" Nietzsche
