quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Blood Diamond


Queria ter escrito este post no dia em que vi o filme, mas por razões que um dia partilharei não me foi possível...

O filme é lindo...Chorei a minha alma, chorei o meu coração...

É cru, directo, sem cinefilias que encubram a dura realidade que coabita o nosso planeta, num continente próximo de nós, nosso irmão.

Até onde chega a ganância? Até onde chega a crueldade humana? Qual o limite para a mais perfeita insensibilidade ou falta de empatia?

O limite é a imaginação...essa expressão que devia estar apenas ligada a coisas criativas, positivas, construtivas...essa expressão pode, sim, traduzir toda a maldade de que um ser humano é capaz de infligir a outro.

Há quem diga que a guerra desperta esse monstro que reside em todos nós. Eu acredito que esse monstro exista, mas não concordo que seja a guerra a acordá-lo. Somos nós que fazemos a guerra, somos nós que criamos as condições para que ele se solte, não para que ele desperte. O maravilhoso é descobrir que, no meio da podridão de sentimentos, da crueldade, da malícia, ainda existem pessoas de espírito simples que acreditam que uma flor pode crescer por entre as pedras...

Chorei muito. Pelos sentimentos que desperta, pelas recordações que vai buscar (e que eu julgava protegidas da saudade), pela África que foi também minha (e sê-lo-á sempre!) e que me mudou inexoravelmente...!

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