Quimeras

Hoje, estava a vegetar em frente à televisão (e viva o cansaço!), e vi o anúncio de um filme que provavelmente já comecei a ver umas 20 vezes mas, por uma razão ou por outra, nunca acabei de ver.

Para bem da minha sanidade mental, estou a prever que todos temos esses filmes quiméricos, para sempre suspensos na teia da curiosidade sobre o que quer que o realizador achou pertinente colocar no princípio ou no fim da história :o)

Bem, comigo, já vai nuns quantos, e apercebo-me agora do quão irritante pode ser iniciar uma conversa com "Ah, já vi esse filme, mas não sabia que começava/acabava assim!!!" lol

Neste caso em particular refiro-me ao Comboio do Dinheiro, do qual nunca vi a 1ª parte, mas bem podia estar a falar do Tubarão (suponho que no fim o pescam...), ou do Grandes Esperanças (sei, porque li o livro, que existe mais na história para além de uma Gwyneth Paltrow de olhar triste e genérico a passar), ou do Nome da Rosa (sim, ouvi dizer que no final apanham o culpado), ou das Faces de Harry (bem, mas desse não tenho pena porque dizem que não vale nada), ou de 4Casamentos e 1Funeral (deduzo que exista mais que a asneirada inicial).

E depois há os filmes quiméricos que se transformam em filmes com princípio, meio e fim. No entanto, como nunca tínhamos visto o bocado em falta, a nossa imaginação acaba por, inconscientemente, fill in the blanks. Não sei quanto a vocês, mas comigo há uma magia qualquer que se quebra quando finalmente vejo o filme por inteiro... É como se não fosse suposto ter aquela parte, como se fosse artificial haver mais qualquer coisa... Porque é que o tubarão tem que ser apanhado? Ou porque é que roubar dinheiro a um comboio não pode ser espontâneo? Lol

Enfim, divagações de quem já só tem um olhinho aberto...