quarta-feira, agosto 03, 2005

Caminho


Estou nostálgica. E a nostalgia pode ser um sentimento bom, se o soubermos aproveitar para construir esperanças e planos para um futuro ainda mais risonho.
Terminei a fase mais activa da minha formação, e no meu espírito paira um turbilhão de sensações! Há um quentinho por dentro, de recompensa por tantos sacrifícios feitos em nome de algo maior, maior que eu, como o é sempre para todos nós que partilhamos uma qualquer paixão...Há um sorriso nos lábios e uma tímida lágrima de felicidade e uma plenitude...! Atingi, mais do que um objectivo, um sonho muito antigo, cumpri parte de uma promessa muito querida feita com toda a alma a Quem muito devo...Há um nervoso miudinho, borboletas no estômago quando penso no que o futuro me reserva. Supostamente não há mais teoria a saber para poder exercer uma arte ancestral, mas não me julgo ainda autónoma o suficiente para a pôr em prática, e ao mesmo tempo sei que sou capaz de o ser. Já me testei vezes suficientes em condições tão variadas para saber que sim.
Tenho já saudades das aulas infindas (às quais tinha mesmo que ir) passadas a fazer as coisas mais variadas e nem sempre de conteúdo académico ;o), dos amigos, da certeza de que eles lá estariam todos os dias como eu, da rotina, das conversas, da animação, do despertador que até agora podia eventualmente ignorar, do ritmo académico com cheirinho de juventude...No fundo, é como se se encerrasse um capítulo em que as nossas responsabilidades se confinassem a nós e ao nosso desempenho e preparação para situações vindouras, e iniciássemos agora um percurso de responsabilidade redobrada para connosco e especialmente para com quem nos confia o que tem de mais precioso: a sua vida!
O tempo é um poderoso aliado, muito mais o é Aquele em quem tanto confio. Por isso, olho com serenidade (e alguma da inevitável excitação de que revestem as situações novas...) para o caminho que se estende diante de mim.
Ao virar esta página, não posso deixar de me cobrir de gratidão para com as quatro pessoas extraordinárias que me deram tanto apoio e amor (e paciência!) neste percurso. Deixo aqui também o maior carinho para os Incredible 10 e todos os outros amigos espectaculares que fiz nestes 5 anos, e que transformaram este retalho da minha vida num período tão marcante!
E já agora...gostava tanto que me pudesses ver, Bia...!

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